O ciclo de vida se refere ao todo. Ele vai muito além do foco das fábricas e dos processos de produção para contemplar a totalidade de um serviço ou de um produto. É claro que, inevitavelmente, esta mudança de paradigma incide sobre o aumento da responsabilidade das organizações e sobre a cadeia de valores e exige a participação de outros atores da cadeia de consumo, como os varejistas e os próprios consumidores. O grande foco da perspectiva do ciclo de vida é encontrar as melhores práticas socioambientais para a produção e para o consumo conscientes, incluindo o uso eficiente de matérias-primas e energias, além do enquadramento na hierarquia de gerenciamento de resíduos sólidos.
A nova ISO 14001 revela a necessidade de as organizações identificarem os impactos além da fábrica. Analisar as fases do ciclo de vida que podem sofrer interferências da organização já seria um ótimo começo.
Inventário da ACV
O primeiro passo para a organização de um inventário de ciclo de vida é a identificação dos aspectos ambientais mais relevantes e que ofereçam maior risco de geração de impactos. Por isso, na fase inicial de um projeto de Avaliação do Ciclo de Vida é imperativa a definição do objetivo e do escopo de seu Sistema de Gestão. Para tanto, antes, é feito o mapeamento de todos os processos da cadeia de valor. Daí, as informações são transformadas em processos elementares conectados entre si por fluxos intermediários de produto.
O ponto chave para as organizações evoluírem em sua política ambiental está na inserção desta visão e das informações adquiridas na estruturação do SGA, ou seja, na perspectiva de ciclo de vida no PDCA ou no procedimento de tomada de decisão.
Veja também: A Perspectiva do Ciclo de Vida segundo a ISO 14001/2015